domingo, 16 de janeiro de 2011

Resenha Livro - "O Preço da Imortalidade", Felipe Santos.

Sinopse:

Uma revolta de camponeses nas terras do nobre inescrupuloso Truman em 1213 termina sem vencedores. Três dias depois da luta William Brenauder acorda preso numa masmorra escura e úmida. Um jovem camponês de apenas dezesseis anos descobre que escapou da morte ao se transformar na temida criatura condenada a sugar eternamente o sangue dos homens. Seu lar não existe mais, toda a sua família foi morta por um vampiro e todos os acontecimentos do dia da revolta estão apagados da mente do jovem. Arrastado para um novo mundo onde os fracos sucumbem e a justiça não existe, William descobrirá que intrigas, inveja e orgulho ditam as leis dos imortais. Mas agora o secular jogo de poder entre os vampiros está prestes a mudar. Dividido entre o desejo de vingança contra o desconhecido assassino de sua família e o medo de perder o que resta de sua humanidade, o camponês terá que trilhar uma linha perigosa entre o bem e o mal. Seu lado mais negro está cada vez mais perto de assumir o controle e a chave do mistério está nas suas memórias perdidas. O tempo está correndo contra ele e, mais cedo ou mais tarde, o jovem descobrirá que na vida ou na morte a imortalidade tem seu preço.  



 Minha Resenha:

Uma das resenhas que mais fiquei ansioso em fazer, e posso lhes dizer que mais me empenhei.
Pra ficar mais fácil, irei dividir em tópicos, pois esse é um livro extenso e extremamente complexo.
Capa

É fundamental falar da arte de capa elaborada para o Preço da imortalidade. Uma floresta (Provavelmente a Floresta das Trevas), centenas de Morcegos sobrevoando os céus ( que também diz muito a respeito deste livro. O quê ou quem são esses morcegos e qual sua função na história? Também é explicado nesta obra) e uma espada enfiada numa pedra (acredito eu, ser a Etrom Lanif , a espada utilizada por William Brenauder). Logo tenho que dar os parabéns a quem confeccionou esta arte. Não só a capa está belíssima, como ela também diz muito a respeito da história narrada por Felipe Santos.

Personagens
 
Um dos livros com personagens mais intrigantes que já li. Diversos tipos de personalidades diferentes e construídos de uma forma magistral.

William Brenauder:  Primeiro parabenizo o autor Felipe Santos pelo nome escolhido para o personagem  principal de sua trama.Will Brenauder é um nome elegante, bonito e forte. Este personagem foi muito bem elaborado e seu crescimento na trama é perceptível. Sua mudança de “bom moço” para vampiro das trevas foi narrada de forma excelente e convincente.

Arctos de Pontis:  O vampiro mais cruel de toda trama é um tanto quanto intrigante. Gosto do estilo psicopata que o autor colocou no personagem. A falta de escrúpulos e ausência de remorso ou sentimento de culpa. Um dos melhores personagens da trama.

“- Piedade meu senhor. Tenha compaixão de um pobre miserável que nada mais tem na vida – suplica o velho
- Se nada mais tem, então só lhe resta a morte – disse Arctos implacável” Pág. 73.

Essa frase resume bastante a respeito da personalidade de Arctos de Pontis.

Fada Azi-ol: Um dos personagens que eu mais gostei. Adorei a forma como o autor expressa a existência de fadas. O autor pecou em tê-la feito possuir um papel tão pequeno nessa história.

Para mim esses três são os personagens que mais vale a pena mencionar e que mais marcaram o livro no meu ponto de vista.

A História

O enredo de O Preço da Imortalidade é viciante.
Você não consegue largar o livro até chegar na última página.
O inicio é intrigante, um personagem que torna-se vampiro, tem a família massacrada por algo ou alguém e não se lembra do seu passado, este é William Brenauder (gostei muito mesmo deste nome).
A partir daí, ele luta para tentar descobrir quem é o assassino de sua família e quem o tornou imortal. Confesso que somente William não sabia quem era o responsável, eu, desde o inicio sabia, achei a resposta para tudo um tanto quanto previsível, mas nada que tirasse meu ímpeto incansável para terminar de ler este livro.
Durante toda sua jornada, William conhece e se envolve com muitos outros personagens, o que me deixou em algumas partes um tanto quanto confuso. Vários personagens conversando numa mesma cena pode fazer com que o leitor se perca e tenha que voltar a ler para compreender quem é quem. O fato do autor chamar o mesmo personagens de nomes diferentes também faz uma certa confusão na leitura, esteja atento para não se perder. Como acontece com o personagem Reinald Galf, que em varias vezes é chamado de Reinald, Rei, Galf, etc. Imagine isso acontecendo num diálogo que estejam na mesma cena três ou mais personagens?!
A antítese que acontece entre o William “bom” que luta a todo custo se entregar a sede de sangue e o desejo compulsivo de matar contra o William das Trevas que tenta de todas as formas libertar-se do casulo de bondade para desfrutar de todos os prazeres que a vida vampírica possa lhe oferecer, foi construída de uma forma coerente e verossímil. O autor foi competente e sagaz. Me vi lendo Robert Louis Stevenson, e a luta do seu personagem principal contra seu lado terrível, O dr. Jekil e mr. Hyde no livro O Médico e o Monstro.
Parabéns também ao autor pelo crescimento na personalidade do personagem no decorrer da trama que foi extremamente bem explicada e elaborada, mostrando como William Brenauder evolui de garoto fraco e medroso para um vampiro forte e destemido.
Outra coisa que me incomodou foi a mudança de diálogo que acontece em cenas diferentes como se tudo estivesse ocorrendo no mesmo local, não entendeu?

“- Tu me dá nojo! Mas não posso negar que somos parecidos – disse Richard, tentando se defender de uma série de golpes...”

E logo em seguida o autor muda de cenário para outra batalha que acontece noutro local com o seguinte diálogo:

“-Desiste, ... (não escreverei o nome do vilão! :D) – Gargalhou o morcego em cima de ..., aplicando alguns socos corretivos na cara de estátua dele.” Pág. 516.

O autor muda de diálogo e cenário do nada. Tive que reler para ver se tinha mesmo acontecido isto. Claro que são poucas as passagens que isto aconteceu, e nãoprejudica a excelente história, estou citando pelo simples fato de ter me incomodado um pouco.

Enfim, trata-se de um livro de vampiros da era medieval que retrata a “verdadeira” face dos vampiros, como também uma visão inovadora sobre fadas, magia negra, lobisomens, etc. Felipe Santos soube fazer uma história cativante, com batalhas incríveis e capaz de fazer o leitor desfrutar de mais de 500 páginas sem se cansar com sua leitura.
O preço da Imortalidade é o tipo de livro que nos faz suspirar ao ler a última linha, fazendo-nos entristecer por ter acabado tão prazerosa leitura.
Felipe Santos é um autor que veio para ficar, que trouxe a tona a verdadeira essência dos vampiros, a assencia que há tempos eu não via. Uma essência ao estilo Anne Rice que há muito tempo estava perdida.
Para fechar, completo: André Vianco que se cuide, pois aí está mais um excelente escritor do gênero.
Se você já pensou em ser vampiro para alcaçar a tão sonhada imortalidade, após ler este livro verás que o preço pode ser alto demais... Descubra também "O preço da Imortalidade", e talvez você veja que pode não valer a pena...

Blog do Autor Felipe Santos

Por Tanner Menezes


4 comentários:

  1. tanner, primeiramente desculpe nao vir tanto ao seu blog, é porque eu sou meio desligada, mais todas as suas resenhas são bem interessantes.
    A capa do livro esta muito show, é daquelas que você pensa quando ver, e a historia me parece interessante, ja que tudo na vida que é limitada tem um preço, avalie vivendo sempre, o preço é muito maior ...

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  2. Nem preciso dizer da capa né? É realmente incrivel.. a história também é muito interessante, e acho que se o autor tiver espaço, realmente terá um futuro brilhante ... é oq espero e torço pra acontecer

    Parabens pela resenha (Tanner) e pela história (Felipe)

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  3. Olá Tanner! Gostei muito da sua resenha. Essa divisão por tópicos deixou a leitura mais fluiida e fácil. Fico muito feliz que tenha gostado do livro!

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  4. Gostei da resenha, o livro parece ser bom. Comprei um exemplar essa semana no Submarino.

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