Sinopse: "Nesse livro em especial não me prendi a nada; fiz como fazia nos palcos: montei um personagem e deixei fluir tudo na sua sintonia. O protagonista, Luiz Aurélio, encontra-se num estado de perturbação mental contínuo: não existe mais verdade ou ilusão; existe a sua realidade tragicômica tosca de perdas super valorizadas e ciúmes."
Capa: Uma capa expressiva e chamativa. Uma mão ensaguentada segurando uma faca e prestes a perfurar um tomate diz muito sobre a história desse livro. Definitivamente um livro que eu compraria pela capa: repleta de sangue, suspense e mistério.
Personagens: Somente um personagem nesta história tem relevância em ser mencionado: Luiz Aurélio, o assassino do Cozinheiro. Gostei muito da personalidade marcante da personagem, e confesso que me vi lendo um diário de uma história real. Personagem forte, com sentimentos transgressores e sem dúvida alguma que nos faz pensar.
História: Ao ler "A morte do cozinheiro" me senti da mesma forma que fiquei ao ler "Psicopata Americano" de Bret East Ellis, através de uma narração fria e sombria que o autor faz em primeira pessoa, sendo capaz de confundir sobre o que é ficção e o que é real. Inúmeras vezes me vi pensando se tratava-se de um diário verdadeiro sobre o crime e mente de um assassino pacional.
O ciúme doentio é capaz de pregar peças na mente do protagonista, ao mesmo tempo antagonista, Luíz Aurélio que devido a isso, decide por fim à vida do atual namorado de sua ex.
O mundo sombrio, a construção psicológica que o leva ao cometimento do delito, o planejamento, a emboscada, tudo construído de uma forma exclente mesmo o livro tendo ao todo menos de oitenta páginas.
Enfim, a meu ver, este trata-se de um drama psicológico que deveria ser objeto de estudos nas faculdades de direito. O autor aborda duas possibilidades para o julgamento do réu, sendo um excelente livro para debate de acadêmicos de direito. Seria Luíz Aurélio um assassino a sangue-frio (Homicídio) ou um homem incapaz de compreender seus atos (Inimputável)? Seria ele enquadrado no crime de homicídio com as qualificadores de motivo torpe, emboscada e incapacidade de defesa da vítima ou simplesmente um inimputável?
Autor: Gostei muito do drama psicológico do livro e em muitas partes é dificil não associar o personagem ao autor, o que de certa forma causa desconforto. Allan Pitz,deve ter sofrido em algum momento por amor e com certeza pensou em fazer o que Luiz Aurélio fez... Ou será que realmente o fez? Esselivro é mesmoficção ou um diário real?
Leiam vocês também, recomendo e tirem assim suas próprias conclusões....
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Por Tanner Menezes
Parece interessante! Mas, direito? Complicado... :P
ResponderExcluirMas quem sabe eu dê uma chance, alguma hora!
Continua postando, Tanner, não para!
Abraço!
Maravilha de resenha, Tanner; fico feliz!
ResponderExcluirAdorei a questão do debate nas faculdades de direito sobre a sanidade ou insanidade do Luiz Aurélio, daria bastante assunto mesmo.
Um abraço!