quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Resenha Livro - "Suicidas" - Raphael Montes


Sinopse emprestada na resenha de Josué de Oliveira (http://www.gotashumanas.blogspot.com/):
Na trama, nove jovens decidem terminar com suas vidas. Trancam-se no porão de Cyrille's House, gigantesca casa de campo e, no dia seguinte, seus corpos são encontrados em circunstâncias completamente assustadoras. Não se sabe ao certo o que aconteceu lá dentro, nem os motivos que os levaram a cometer tais atos. Por isso, um ano depois, uma psiquiatra forense, em parceria com a Polícia Civil, reúne as mães dos jovens para uma reunião. O objetivo: tentar descobrir, de uma vez por todas, o porquê e o quê aconteceu em Cyrilles's House. Para isso, vale-se de um trunfo: um diário escrito em tempo real por Alessandro Parentoni, um dos mortos, narrando os eventos daquela noite. Durante a reunião, segredos vão sendo desnudados e a verdade assombrosa vai, aos poucos, tomando forma.


Minha Resenha:
A narrativa do livro “Suicidas” é um tanto quanto complexa, ao mesmo tempo em que a meu ver, seria magnífica. Ela acontece de três formas diferentes. Na primeira parte, o autor narra a vida de Alessandro (como se fosse o próprio) e como os outros nove participantes da roleta-russa entram em sua vida, fazendo parte da história. Na segunda parte, uma psiquiatra reúne as mães dos jovens suicidas e lê para elas um “livro” escrito pelo Alessandro, simultâneo aos cometimentos dos suicidios. Onde cada uma delas é obrigada a ouvir, pela boca da psiquiatra e pelas palavras de Alessandro, a forma horrorosa e trágica da morte de seus filhos, um por um. E a terceira parte, narra nas palavras de Alessandro o que aconteceu naquele dia, mostrando com exatidão a verdade sobre os suicídios.
Dessa forma, o livro é dividido em três correntes de narrações diferentes, nada que dificulte a leitura, pois cada uma delas é minuciosamente interligada com a anterior e deixando a curiosidade do leitor a mil para desvendar os mistérios na posterior.
Eu, particularmente, inúmeras vezes cansei a leitura nas partes onde Alessandro narra os acontecimentos sobre sua vida e como os “suicidas” entraram na historia. Achei cansativo e nada empolgante, mas isso não torna o livro chato, porque mesmo sendo monótono, o autor o faz devorar as páginas para chegar na próxima etapa: Reunião com a psiquiatra.
Esta sim, a meu ver, é uma forma exemplar de narração. A dinâmica como é feito o inicio deste capítulo (sempre iniciando com a parte final da narração dos suicídios anteriores) e seu fim (o primeiro trecho do próximo capítulo que narra os suicídios) é admirável. Parabenizo o autor pela forma que utilizou para criar este tipo de narração. A psiquiatra inquire as mães para tentar desvendar o mistério, e cada uma delas se revolta ao saber efetivamente como seu filho morreu. Essa leitura é surpreendente, mas não tão tensa como a próxima forma de narrar: As mortes.

Pode ter certeza que muitas vezes você ficará tentado a pular as outras narrativas para chegar logo nesta: a explicação das mortes. Digo isso porque eu pensei fazê-lo. Mas posso lhe afirmar para segurar sua ansiedade e ler o livro em sua sequência natural, afinal de contas cada linha é essencial para desvendar o grande mistério acerca deste romance policial e descobrir toda a verdade que o envolve.
Leia com atenção aos detalhes as informações que cada tipo de narração nos oferece, e desta forma, talvez você consiga desvendar o mistério. Muitas vezes me vi de boca aberta com as revelações, e com os pêlos dos braços ouriçados com os acontecimentos. Esta sim é uma narração absurdamente delirante e arrebatadora, e somente posso resumi-la assim:
A cada letra um suspiro.
A cada palavra, uma gota de suor.
A cada frase, um frio na barriga.
A cada parágrafo, um arrepio.
A cada capítulo, uma surpresa!

Nessa historia inexiste os mocinhos e vilões. Aqui qualquer um pode ser vilão e qualquer um pode ser mocinho, cabe a você desvendar o que são cada um dos personagens. E nessa resenha, já lhe dei algumas dicas de como descobri-lo.
Algumas coisas eu acredito que ficaram mal-explicadas. Coisas que já repassei diretamente ao autor, talvez algo que somente leitores vorazes e atentos tomem conhecimento, mas ainda assim me incomodou, mas como ainda não foi publicado o autor disse que poderá melhorá-lo.
Enfim, este livro é absurdamente bem escrito e com pontas interligadas, deixando pouca coisa mal-explicada, coisas que não interferem no resultado final. Raphael Montes faz-nos entrar na história e acreditar que tudo que estamos lendo é real, até nos depararmos com o final surpreendente (aí definitivamente ficamos na dúvida... Será verdade?). Essa é uma história intrigante e que vale a pena ser lida, e pode acreditar que este romance é muito melhor que livros policiais internacionais.
Raphael Montes entrou no ramo literário brasileiro não para somar, e sim multiplicar.
Um livro digno de prêmios e críticas positivas.
Minhas felicitações ao autor e meus parabéns pela obra escrita.
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Tanner Menezes
Autor Novo Século – Livro “Cinco Sentidos”
www.5incosentidos.blogspot.com

2 comentários:

  1. Gostei da resenha :)

    e me interessei pelo livro!

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  2. Opa! Que bom! mas o livro ainda é mt pesado pra ti gui!
    aheheauheueah
    alem do q, ele ainda n foi publicado e nem tem data para tal. Tive o prazer de lê-lo antecipadamente!
    :D
    mt bom mesmo!

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